domingo, 5 de junho de 2011

Praça do Carmo

                                                 foto: Paulo Robert


            Quando cheguei, já era noite - mais cedo do que estava acostumado a passar quando voltava da faculdade. Por causa do dia, naquela hora a praça estava razoavelmente cheia de pessoas chegando à missa. Era domingo, quase dezenove horas; se fosse outro dia (tirando o sábado que também tem missa), a praça já estaria quase vazia.

            Sentado no banco da praça - cujas obras  iniciaram-se  em 1850, ainda com o nome de Praça do Livramento, e só em 1922 foi denominada de Praça Nossa Senhora do Carmo - eu prestava atenção no burburinho das pessoas entrando na igreja e no cheiro das pipocas sendo feitas pelos pipoqueiros, que tradicionalmente as vendem fora das igrejas nos dias de missa. Isso acabou servindo de inspiração para este texto.

            No entanto, infelizmente, alguns problemas chamavam mais  minha atenção, como a iluminação, que não é das melhores, deixando a praça meio  escura, dando a sensação de insegurança; algumas rachaduras no chão e bancos quebrados mancham a imagem de uma praça que faz parte da história de Fortaleza e que deveria ser tombada como patrimônio histórico do Ceará.

            Além da igreja, ao redor da praça, há outros prédios históricos como o Instituto do Ceará e a Associação dos Merceeiros, que ainda estão em funcionamento.

            De manhã, a praça é mais frequentada, seja por pessoas que estão indo trabalhar, fazendo compras no Centro, ou alunos voltando para casa depois de mais um dia de estudos. Quem passa por lá, não percebe o valor histórico da praça que existe há mais de um século e que também tem muito valor cultural nas pinturas e estátuas que estão dentro e fora da igreja de Nossa Senhora do Carmo.  


                                               foto: Paulo Robert

Por Paulo Robert

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